A história da África e da cultura afro-brasileira foi o tema da capacitação de 150 professores de colégios municipais de Camaçari. Intitulada Mojú, a iniciativa foi encerrada com a apresentação de 22 trabalhos de conclusão, no sábado (13/12), na Cidade do Saber Professor Raymundo Pinheiro.
A professora de artes plásticas Sandra Andrade, do Centro de Educação Municipal de Camaçari (CEMC), aprovou a ação da Prefeitura em oferecer uma especialização aos professores municipais. Outras cidades deveriam abraçar o projeto. Nós podemos ensinar muito aos alunos sobre a história dos antepassados.
O Mojú é coordenado pelo professor Juipurema Sandes e conta com a orientação de Cristiane Copque. Para ela, o trabalho é fruto de um grande esforço em pôr em prática o que já é previsto em lei. A orientadora acrescentou que a forma como foi aplicado no Município é muito importante, pois o aprendizado é conjunto entre professores e alunos.
Ao final das apresentações, que duraram todo o dia, houve sorteio de livros sobre cultura africana e brasileira, religiosidade, entre outros.
CAPACITAÇÃO
O curso teve carga horária de 120 horas e foi dividido entre aulas práticas e teóricas. Foram discutidos temas como História da África, Arte Africana, Tráfico e Escravidão no Brasil, Teorias Étnico-Raciais no Brasil, Dinâmicas de Resistência ao Sistema Escravista, Religiões Afro-Brasileiras e Arte Afro-Brasileira.
Durante o período da capacitação, os professores socializaram os conhecimentos aprendidos com os alunos em sala de aula, propondo debates e reflexões acerca do assunto.
Em Camaçari, o projeto recebeu o nome de Mojú, que em iorubá significa saber. O ensino da cultura da África nas escolas acontece desde 2005 e no Município foi implantado em agosto de 2007. A Lei federal 10.639, de 2003, torna obrigatório o estudo africano nos municípios.

Programa de qualificação foi implantado em 2007 -