Apesar de a direção da Britânia ter anunciado a pretensão de voltar atrás na decisão de fechamento da unidade em Camaçari, o prefeito Luiz Caetano afirmou que decorridos mais de duas semanas das declarações de diretores da fábrica à mídia, até agora a Prefeitura não foi procurada para ser oficialmente comunicada sobre uma possível retomada das atividades da indústria.
Nos últimos dias, a imprensa de Camaçari tem publicado matérias dando conta de que tenta entrevistar a direção da Britânia, mas não encontra ninguém. A fábrica está praticamente abandonada. Só há seguranças para proteger o patrimônio.
Em reunião na Procuradoria Regional do Trabalho, no último dia 5, os representantes empresa, César Kobus e Carlos Eduardo Regueiro afirmaram para a Procuradora Cleonice Maria Rodrigues Moreira não haver a menor possibilidade de a unidade voltar a funcionar.
Em nova reunião realizada terça-feira (10/03), a procuradora fez a proposta de a empresa assegurar a divisão de três folhas de pagamento para os 370 empregados demitidos, o que dá aproximadamente R$ 2,5 mil para cada um, garantia de seis meses de plano de saúde e cesta básica, mais a disponibilização de dois cursos de capacitação, tudo isso a título de complementação indenizatória, além dos direitos previstos pela legislação trabalhista.
A indústria tem prazo até esta quinta-feira (12/03) para dar uma resposta à Procuradoria Regional do Trabalho.
Diante desta situação, a Prefeitura mantém a posição de entrar na Justiça para retomar o terreno e reaver, com juros e correções, os incentivos fiscais referente a ISS (Imposto Sobre Serviços) e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), concedidos à empresa.
Durante a inauguração da fábrica EDN Estireno do Nordeste S/A, nesta quarta-feira (11/03), o governador Jaques Wagner voltou a criticar a forma como a Britânia encerrou o funcionamento na unidade de Camaçari. É muito fácil receber incentivos fiscais e depois simplesmente fechar as portas e ir embora.

Indústria demite 370 empregados e não paga direitos -