A ameaça na produção de glifosato no Brasil é o tema da reunião entre o governador Jaques Wagner, o prefeito Luiz Caetano e diretores da empresa Monsanto. Instalada em Camaçari desde 2001, a indústria enfrenta a dura concorrência dos produtos importados da China.
O encontro, marcado a convite da empresa, acontece nesta terça-feira (20/04), a partir das 12h. Está programada reunião, caminhada pela fábrica para conhecimento das operações, pronunciamento do governador do Estado aos funcionários do grupo e um almoço às 13h35.
Estamos sendo prejudicados com a concorrência predatória dos produtos chineses. Do ponto de vista financeiro, de curto prazo, não está valendo a pena produzir no Brasil. Mas, apostamos em uma mudança de cenário, esclarece o diretor geral para América do Sul de Proteção de Cultivos da Monsanto, Ricardo Madureira.
A fábrica de Camaçari é fundamental para a agricultura brasileira e se caracteriza como a única do país na produção de matérias-primas à base de glifosato, ingrediente ativo do Roundup, herbicida utilizado para controle de plantas daninhas em pré-plantio das lavouras.
Com uma área de 631 mil metros quadrados, a Monsanto gera cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos, a maioria dos funcionários mora em Camaçari e Dias D`Ávila.
Do volume produzido na cidade, 85% são destinados à unidade de São José dos Campos (SP), responsável pela manufatura do produto final, e 15% são exportados para fábrica de Zarate, na Argentina. A unidade de Camaçari está localizada na rua Eteno, 5001, Pólo Petroquímico. Os investimentos somam cerca de R$ 810 milhões.
A Monsanto chegou ao Brasil em 1951, em São Paulo. No Brasil, dedica-se a produção de herbicidas, sementes de milho, soja, algodão, hortaliças, variedades de cana-de-açúcar.