Com 79% da população negra e 28 entidades organizadas para discutir a questão racial, Camaçari tem muito a comemorar no dia da Consciência Negra, celebrado nesta sexta-feira (20/11), inclusive algumas políticas públicas municipais.
A Prefeitura dispõe de políticas de valorização da comunidade negra, a exemplo da implantação da disciplina sobre a história da cultura africana e afro-brasileira na rede pública. A matéria resgata e conscientiza os jovens sobre as contribuições dos negros.
Já na saúde, o Município conta com a Unidade de Apoio às Pessoas com Doença Falciforme (Unifal), localizada no Cuidar, que oferece orientações, consultas e encaminhamentos para vacinas, medicamentos e exames a 280 pessoas cadastradas. A doença, hereditária, originou-se na África e foi trazida às Américas pela imigração forçada dos escravos.
Camaçari conta ainda com a Coordenação de Promoção da Igualdade Racial, Dia Municipal da Mulher Negra, comemorado em 25 de Julho, comunidade remanescente de quilombola e 418 entidades de religião de matrizes africanas.
Para reafirmar a importância do negro e evitar o desenvolvimento do autopreconceito, o mês de novembro em Camaçari vai contar com palestras e eventos educativos, voltados especialmente para o público jovem. As atividades abordam temas como De onde viemos e como estamos, Doença que nos acometem, e Juventude e violência.
De acordo com a coordenadora de Promoção da Igualdade Racial, Ivonete Mota, há muito a ser feito, mas Camaçari já deu importantes passos em direção à criação de políticas públicas de apoio e valorização da comunidade negra.
O tratamento da doença falciforme é realizado no Cuidar -
