Mais do que uma data para comemorar, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, é também um momento de manifestações em todo o país. Camaçari aproveita o mês para relembrar as importantes conquistas da comunidade negra nos últimos anos.
O Município realiza nesta sexta-feira (21/11), na praça Desembargador Montenegro, a partir das 17h30, grande encontro com mestres de capoeira. Na próxima sexta-feira (28/11), tem encontro na praça Abrantes. Na programação, bandas e trio-elétrico.
As atividades continuam em dezembro com Fórum de Gestores. Na pauta, avaliação das políticas públicas implementadas no Estado e Municípios. O evento acontece em Salvador.
De acordo com a coordenadora de Promoção de Igualdade Social, ligada à Secretaria de Assistência Social, Ivonete Mota, Camaçari é uma das cidades que mais investem em políticas públicas para a comunidade negra e está prestes a ganhar o Conselho da Comunidade Negra, que fiscaliza e propõe políticas de promoção da igualdade junto ao poder público municipal. O projeto de lei está em tramitação na Câmara de Vereadores e deve ser votado em breve.
Nos últimos anos, Camaçari desenvolveu importantes ações de inclusão social como a criação de políticas de atenção aos portadores de Anemia Falciforme, a implantação da disciplina história da cultura africana nas escolas municipais, programas de combate ao racismo institucional e de inclusão produtiva e segurança alimentar.
O Município ainda dá atenção especial à população de Cordoaria, reconhecida como quilombola desde 2005. A Prefeitura vem transformando a realidade dos moradores da região com obras de infra-estrutura, saúde e educação, a exemplo da reforma da escola Nossa Senhora de Santana, que foi totalmente reformada.
PANFLETAGEM
No Dia da Consciência Negra, realizado dia 20, comunidade realizou uma série de atividades. Uma grande panfletagem foi feita na tarde de quinta-feira (20/11), na praça Desembargador Montenegro.
Na ocasião, lideranças lembravam às pessoas a necessidade de atenção aos negros. Sempre estivemos a margem da sociedade. Se você olhar as invasões vai perceber isso. Somos hoje a maioria da população carcerária também, fala Aline Neves, 14 anos. Estudante do 1° ano do ensino médio, ela reconhece as conquistas. Hoje temos cotas nas universidades federais e o ensino da cultura africana incluída na grade escolar.
Quem também aprova as atividades realizadas no Município é Denis Lima, 25 anos. Segundo ela, a iniciativa é resultado de uma série de mobilizações para ressaltar não apenas as contribuições culturais que os negros trouxeram ao país, mas para as pessoas refletirem o papel importante que a comunidade ocupou na história.

Panfletagem ajuda na luta contra o racismo -