A história da baiana de acarajé Luciene Ramos, de 54 anos, poderia ilustrar um dos cases de sucesso apresentados nesta quarta-feira (19/11), durante o Emunde (Encontro Mundial de Étnico Empreendedorismo). Exemplo de superação e perseverança, ela atua há 30 anos com vendas da típica iguaria baiana e na área de confecção como costureira. “Quero estruturar meu ateliê e o comércio de acarajé, para expandir os negócios”, vislumbrou a empreendedora.
Durante o evento, realizado no auditório 1 da Cidade do Saber, o coordenador do Emunde, Edson Costa, destacou que a intenção do encontro é fortalecer a Rede Étnico Empreendedora e instalar o Emunde no Município, para que possa constituir um espaço de interlocução e facilitar o acesso ao conteúdo de informação sobre desenvolvimento do empreendedorismo étnico e as variantes, como o empreendedorismo feminino, individual, da juventude, terceira idade e dos povos tradicionais.
Segundo o coordenador da Promoção da Igualdade Racial da Secin (secretaria da Cidadania e Inclusão), João Borges, a realização do Emunde também culmina nos trabalhos desenvolvidos pelo Comitê de Desenvolvimento Econômico do PCRI (Programa de Combate ao Racismo Institucional), que é composto por diversos organismos do governo.
Para o coordenador de logística de uma empresa privada do Município, Sérgio Henrique Cerqueira, de 32 anos, que também é contra-mestre da Associação de Capoeira Cultura Brasileira, o encontro “contribui para ampliar os conhecimentos e direcionar os pequenos empreendedores do Município”. Ele ainda acrescentou “que este suporte será essencial para estruturar as vendas das indumentarias e a confecção dos instrumentos de capoeira.
Motivada pelo novo negócio, que mantém em paralelo com o trabalho desenvolvido na Sefaz (Secretaria da Fazenda), a técnica em atividade tributária, Jaciara Paixão, de 31 anos, espera enriquecer os conhecimentos para montar uma empresa familiar. A servidora começou a investir na área de alimentação com a vendas de abará.
A programação do evento incluiu palestras sobre Empreendedorismo Étnico e as tecnologias que o Emunde trabalha, ministradas pelo coordenador do Emunde, Edson Costa. Em seguida, o profissional de marketing, Gustavo Lisboa, abordou o tema A importância das redes sociais para o Empreendedorismo Étnico.
Promovido pela Prefeitura, através da Secin e da Sedec (Secretaria do Desenvolvimento Econômico), o Emunde integra as atividades do Novembro Negro e da 7ª edição da Semana Global do Empreendedorismo. O evento foi prestigiado pelo deputado estadual, Bira Coroa (PT).