Graças à preocupação do Município em garantir a regularização fundiária e resolver o problema do déficit habitacional, a situação dos moradores que ocuparam uma área privada no bairro Parque das Mangabas, está sendo analisada. O trabalho funciona em parceria com a associação de moradores local.
Após sucessivas reuniões, a empresa proprietária do terreno autorizou a associação a proceder com a regularização fundiária da área, dando entrada no processo de desmembramento e loteamento do terreno junto a Sedur (Secretaria do Desenvolvimento Urbano de Camaçari). Até que o documento seja analisado, não pode haver construção no local.
O terreno possui cerca de 400 mil metros quadrados e está dividido em 970 lotes, que estão sendo pagos de forma eqüitativa pelos moradores cadastrados junto à associação.
O pagamento é feito a uma corretora de imóveis contratada pela empresa. Segundo André Xavier, presidente da entidade, cerca de 1200 famílias devem ser contempladas.
O processo de invasão começou há dois anos. Buscamos apoio da empresa e Prefeitura para evitar que a área sofresse com a ocupação desordenada. Temos a proposta de criar aqui um projeto de bairro planejado, onde os próprios moradores ajudarão a construir praças e pavimentar vias, diz Mário César Ribeiro, diretor administrativo-financeiro da entidade.
O representante da Procuradoria Geral na Secretaria do Desenvolvimento Urbano (Sedur), Anderson Nogueira, destaca os benefícios da ocupação regular. Resolver os problemas habitacionais implica em menos invasões, moradia digna e diminuição da violência.
Poder construir uma casa no local é um sonho para Carlos Augusto Pereira Damasceno, 52 anos. Satisfeito com o andamento das negociações, o pequeno comerciante fala dos planos. Esse projeto significa melhorias para o futuro. Quando o bairro cresce, a gente cresce junto, opina.
Morando de aluguel há anos, Ester de Jesus da Silva Santana comemora mais uma parcela paga à caixa. na porta da casa, ode vende refrigerantes, garante que já conseguiu quitar dois meses da prestação da casa. Isso é melhor do que pagar para morar numa coisa que nunca vai ser minha, afirma.

O terreno possui cerca de 400 mil metros quadrados -