Intensificar os protestos e esclarecer a população sobre a inconstitucionalidade do fechamento da via alternativa Las Palmas têm sido os objetivos do Movimento Pedágio Livre, que continua realizando manifestações contra a decisão da juíza substituta da 5ª Vara da Fazenda Pública, Lisbete Santos, que autorizou o bloqueio da estrada.
Na tarde de quarta-feira (06/08), os moradores de Camaçari distribuíram panfletos informativos, circularam abaixo-assinado contra a decisão de bloquear a via e conscientizaram a população sobre a atitude da juíza substituta. Os motoristas que passavam no local apoiaram e estimularam o movimento, organizado pela sociedade civil.
De acordo com Kadja Guedes, uma das coordenadoras do Movimento Pedágio Livre, foi realizada pesquisa que apontou o valor cobrado pela Concessionária Litoral Norte (CLN) como um dos mais caros no mundo. Para piorar a situação, eles ainda aumentam o valor nos finais de semana.
Os moradores da orla de Camaçari são os principais prejudicados pela liminar, pois ficam obrigados a pagar pedágio para se dirigir à sede do Município, tendo de desembolsar, no mínimo, R$ 4,60 para ir ao cartório, fórum, bancos, órgãos públicos, entre outros.
Um dos prejudicados é o morador de Areias e comerciante Giovane Argolo de Souza, que foi levado a fechar o mercadinho que tinha em Jauá, por conta do alto custo com locomoção. Eu pagava seis tarifas por dia quando tinha de abastecer o mercadinho. Eu vendi o mercado por causa do pedágio.
A professora Sivandra Roriz, que passava pela via Las Palmas durante a manifestação, aprovou a iniciativa do movimento. Ela informou que trabalha na sede e utiliza a estrada todos os dias. Se eles realmente fecharem a Las Palmas, estarão desrespeitando o povo de Camaçari.
Além da questão econômica, o fechamento da via desrespeita o direito do cidadão de se movimentar dentro do próprio Município onde reside, já que o pedágio divide Camaçari em duas partes. Em nenhum lugar do país isso acontece, pois as praças de cobrança só podem ser instaladas nos limites entre municípios.

População apóia manutenção das vias alternativas -