Toda criança tem direito à infância. Este foi o tema do encontro que discutiu, na manhã desta terça-feira (16/06), a erradicação do trabalho infantil com representantes do governo, diretores de escola, Comissão Municipal de Trabalho Infantil, adolescentes, monitores e instrutores do PETI.
O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil em Camaçari atende 907 menores. O evento aconteceu na Casa do Trabalho.
Na abertura, os participantes escutaram um depoimento emocionado de Crispiniana Bispo Santos, 17 anos, ex-aluna do Peti. Ela falou da experiência que teve ao trabalhar desde os 10 anos, na roça com a mãe, para ajudar no sustento da família.
Crispiniana lembrou que aos 14 anos entrou no programa e, graças a ele, sua vida mudou. Hoje, ela trabalha integrando o quadro do projeto Adolescente Aprendiz da Prefeitura. Pretendo continuar estudando para fazer vestibular e ingressar na faculdade de Psicologia.
Em seguida, o médico e auditor fiscal da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), Gerson Estrela, palestrou sobre o trabalho da criança menos favorecida e suas conseqüências. Segundo ele, os malefícios da sobrecarga na criança vão desde fadiga e câimbras precoces, até problemas no coração, na visão e no sistema nervoso, além da perda de neurônios.
Na opinião do sub-secretário da Secretaria de Desenvolvimento Social, Antonio Souza, apesar do problema ainda ser grande em todo o País, Camaçari tem contribuído muito para erradicação do trabalho infantil através dos programas sociais mantidos, em parceria com o governo federal. Elke citou o Bolsa Família, Peti, Protejo (ação do Pronaci) qualificação de mão de obra através do Planseq, Mulher Cidadã, dentre outros.
O encontro foi encerrado com a proposta da criação de uma comissão de erradicação do trabalho infantil em todas as esferas da sociedade, envolvendo a Câmara de Vereadores, Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente e poder público.