Hoje (31/01) é o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase, doença causada pelo Mycobacterium leprae, que atinge principalmente a pele e os nervos, podendo afetar os braços, as pernas, as mãos e os pés. A transmissão acontece de uma pessoa doente sem tratamento para outra por meio das vias respiratórias, como tosse, espirro e secreções nasais, muito frequente na convivência domiciliar.
Os sinais e sintomas são: uma ou mais manchas esbranquiçadas ou avermelhadas em qualquer lugar do corpo, que geralmente iniciam com sensação de queimação, formigamento e evoluem para a diminuição da sensibilidade ao calor, a dor e ao tato e até dormência; a pessoa se queima ou se machuca sem perceber; área da pele seca ou com falta de suor; área da pele com queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas; dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, das pernas e dos pés; inchaço de mãos e pés; diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido a inflamação dos nervos; caroços no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Nos casos mais graves, os doentes podem apresentar inchaços, febre, dor nas juntas, entupimento, sangramento, feridas e ressecamento do nariz e dos olhos, mal estar geral e emagrecimento. Para prevenir a hanseníase, as pessoas que conviveram com um doente ou que identifiquem algum dos sinais e sintomas devem procurar uma unidade de saúde para que sejam avaliadas.
A Secretaria da Saúde (Sesau) recomenda que pessoas detectadas com a doença usem a medicação diariamente, e alerta para a importância de a família inteira ser examinada, anualmente, durante cinco anos. A secretaria reforça ainda que a hanseníase é uma doença que tem tratamento e cura.
Se não for tratada a hanseníase pode causar incapacidades ou deformidades. Para a forma mais branda da doença o tratamento tem duração de seis meses, e para a forma transmissível da doença o tratamento é de um ano, em média.
Em Camaçari, existe o Programa Municipal de Controle da Hanseníase, que tem equipe especializada na Policlínica de Especialidades do Centro – Centro Municipal de Imagem, composta por dois dermatologistas, dois enfermeiros e dois técnicos, que também atendem as pessoas com tuberculose. Neste espaço são atendidos os casos mais graves, crianças e adolescentes, pessoas que tem outros problemas de saúde, além da hanseníase, e as que vão para validar o diagnóstico, quando este não fica claro na unidade de saúde.
O programa também realiza as atualizações dos técnicos da Rede Municipal de Atenção Básica e a busca ativa entre as contas dos pacientes em tratamento. Ainda são desenvolvidas ações educativas, em parceria com o Grupo de Trabalho para o Controle da Tuberculose e Hanseníase em feiras de saúde e comunidades mais distantes, por exemplo.
Neste ano, a coordenação do Programa Municipal de Controle da Hanseníase ainda vai definir a data de intensificação da busca ativa. Mas, ainda no primeiro semestre está prevista a ação com o Programa Saúde na Escola, nas unidades dos bairros que ocorrem o maior número de casos no Município.

Unidade conta com equipe especializada -