Os pacientes atendidos pela Unidade de Apoio às Pessoas com Doença Falciforme (Unifal), que funciona dentro do Cuidar (Centro de Unidades de Apoio e Referência em Saúde), se confraternizaram na manhã de hoje (23/12), familiares e médicos em uma festa natalina.
No cardápio, muito brigadeiro, balas, panetone, bolos, passas, refrigerante, bolas coloridas e música ao vivo para alegrar a criançada.
Atualmente, a unidade que é referência na Bahia, presta acompanhamento a 350 pacientes. No local, trabalham assistentes sociais, nutricionistas, médico hematologista, farmacêutico bioquímico e são oferecidos um acervo de material didático sobre a doença, além de medi-
camentos gratuitos.
A dona de casa Vera Lúcia dos Santos, de 36 anos, disse que só teve conhecimento da doença há três anos, depois do nascimento do filho. Agradecendo ao trabalho e ao carinho da equipe, que faz um atendimento trimestral, ela fala com muito orgulho que foi a primeira pessoa a ser atendida na Unifal desde a inauguração, em fevereiro.
Outra agradecida à unidade é Maria José Conceição, mãe de Janaína, de 10 anos, que sofre desde que nasceu com a doença. Para ela, a Unifal significa apoio em todos os sentidos, desde o psicológico quando a filha está em crise, até a doação dos remédios, que não teria condições de comprar.
De acordo com Ademário Ribeiro, presidente da Associação Camaçariense de Pessoas com Doença Falciforme, a unidade é realização de uma antiga reivindicação para atender os portadores que hoje se sentem realizadas com o atendimento em um lugar especializado, sem precisar se deslocar para Salvador.
Segundo Tiago Novaes, coordenador da Unifal, a novidade para 2010 é o lançamento de 18 tipos diferentes de cartilhas sobre a anemia falciforme, voltadas para os professores municipais e toda a rede de saúde.
A anemia falciforme é uma doença hereditária que não tem cura, mas se tiver um acompanhamento com vacinas, antibióticos e exames periódicos, a sobrevida é de mais de 70%.