Todas as unidades de saúde de Camaçari oferecem tratamento para a tuberculose, doença grave transmitida pelo ar, que atinge principalmente os pulmões. O Programa de Combate à Tuberculose (PCT) do Município conta com estrutura adequada e profissionais capacitados.
As equipes médicas e os agentes comunitários dos postos ficam atentos aos pacientes para saber se há usuários sintomáticos. Após a observação, são realizados exames para constatar a existência do bacilo de Koch nas pessoas.
Os usuários contam com um esquema de assistência eficiente e descentralizado, uma vez que têm a comodidade de ser diagnosticados, acompanhados e medicados no próprio posto de saúde, além de não passar por situações de preconceitos por freqüentar um centro específico de tratamento da doença.
Depois de diagnosticado, o paciente deve fazer o tratamento, uma associação de três ou mais antibióticos (poliquimioterapia) e retorno ao médico a cada 30 dias para pegar os medicamentos e fazer acompanhamento. O período de tratamento é de seis meses e já nos dois primeiros o usuário sente grande melhora. No entanto, o tratamento não deve ser abandonado.
A interrupção na ministração dos medicamentos é extremamente perigosa, pois a bactéria pode criar resistência às substâncias utilizadas e o paciente terá que usar um número maior de medicamentos. Além disso, pode espalhar o vírus e contaminar outras pessoas.
Com a finalidade de proporcionar suplementação nutricional aos pacientes, foi criada uma parceria entre as Secretaria de Ação Social (Seas) e de Saúde (Sesau), que disponibiliza uma cesta básica mensal para cada paciente que trata a doença.
AGENTES COMUNITÁRIOS
Os agentes comunitários possuem um importante papel em todo processo do programa de combate à tuberculose, a começar pela identificação de pacientes sintomáticos, uma vez que eles mantêm um relacionamento com as famílias que freqüentam as unidades de saúde e observam os hábitos de cada família. Cabe aos agentes ainda a supervisão do tratamento para que os pacientes não abandonem o uso dos medicamentos.
RECONHECIMENTO
As políticas públicas adotadas pelo Município no Programa de Combate a Tuberculose (PCT) rendeu, em setembro passado, elogios do Ministério da Saúde, que em abril deste ano realizou uma série de visitas de supervisão e monitoramento.
O teor do ofício enviado pelo Ministério fez referência ao conhecimento técnico e interesse da equipe de saúde do Município sobre o assunto. Outro ponto destacado no documento foi a descentralização do programa, que está difundido em 100% das unidades de saúde, assim como a realização dos exames que é feita nas próprias unidades e coletado por um motociclista, que também traz os resultados.
O ofício faz referência também a boa capacidade de diagnóstico, a freqüente alimentação do sistema de informação e aos incentivos à adesão ao tratamento por meio da suplementação nutricional. Além da política de controle e visita aos faltosos para evitar o abandono do tratamento.