Um acidente de carro, aos 13 anos de idade, mudou a vida de Luan Fernando, que ficou com sequela de traumatismo cranioencefálico e perdeu a capacidade psicomotora. Hoje, aos 16 anos, ele tem o exercício da equoterapia como uma possibilidade de recuperar algumas habilidades físicas.
O garoto praticou a terapia durante oito meses e os familiares já notavam melhora, porém ele precisou parar o tratamento. Luan voltou à prática nesta quarta-feira (04/02), graças ao convênio firmado entre a Sesau (Secretaria da Saúde) e o Centro de Equoterapia de Camaçari Nosso Lar, que oferece o serviço.
Desde terça-feira (03/02), o espaço passou a atender os pacientes do SUS, que são encaminhados por médicos neurologista e neuropediatras do CUIDAR (Centro de Unidades de Apoio e Referência em Saúde) e do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). No local, crianças e adolescentes a partir de 1 ano de idade passam por avaliação com psicólogo, fisioterapeuta e equoterapeuta.
Atualmente, são atendidos 50 pacientes pelo SUS, os quais possuem transtornos como paralisia cerebral, hidrocefalia, autismo, retardo mental e transtorno psicológico. Acompanhadas dos profissionais, as crianças praticam atividade com cavalos, através de exercícios específicos para cada patologia.
Para Lucilene Reis, mãe da pequena Alana, de 2 anos, que possui paralisia cerebral e síndrome de west, a equoterapia significa a esperança de melhoras para a filha, que fez hoje a primeira sessão.
“A técnica ajuda na abertura de perna, tônus muscular e socialização. Temos até casos de criança que nunca andou e, a partir da prática, começou a dar alguns passos”, explica a fundadora do Centro, Zumira Sena. O espaço fica localizado no bairro Santo Antônio.