A partir da primeira quinzena de dezembro, a segunda parte da célula 3 do aterro sanitário de Camaçari entra em atividade. Iniciadas em julho, as obras estão 90% concluídas e vão proporcionar 5 anos de vida útil ao novo espaço.
As intervenções atendem a requisitos voltados para a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, conforme estabelecido na Lei Nacional de Saneamento Básico de nº 11.445/07, o que torna Camaçari um dos poucos Municípios do Brasil a se destacarem no desenvolvimento de políticas de saneamento básico.
As obras da célula 3 contemplam a preparação para o sistema de drenagem de águas pluviais, impermeabilização para base e sistema de drenagem de gases e percolados, mais conhecidos como chorume, líquido produzido em decorrência da decomposição de material orgânico.
De acordo com informações da diretoria técnica da Limpec (Limpeza Pública de Camaçari), a célula 3 contará ainda com equipamentos que possibilitarão a medição e o controle da massa de resíduos e dos gases gerados. Serão feitas ainda intervenções para promover um melhor acompanhamento da célula em operação e das que já se encontram encerradas. A iniciativa atende as condições exigidas pelo Inema (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos).
Segundo a Limpec, o aterro sanitário do Município é o único espaço público dessa natureza no Estado com licença renovada pelo Inema, o que, juntamente com as obras, permite a continuidade das atividades por mais cinco anos.
Atualmente o aterro sanitário de Camaçari recebe um volume diário de 700 toneladas de resíduos, incluindo os de outras cidades da Região Metropolitana, como Dias D’Ávila, São Sebastião do Passé, Pojuca, Mata de São João e Madre de Deus. Eventualmente, o espaço recebe resíduos de outras cidades baianas.
Outra iniciativa que merece destaque é a realização de um projeto piloto, em parceria com a UFBA (Universidade Federal da Bahia), cujo objetivo é criar um sistema de tratamento de parte do chorume produzido pelo aterro, no sentido de destinar o líquido para a irrigação de áreas verdes situadas nos arredores do espaço.