Um exemplo de vitória e inclusão social. A vida do ex-auxiliar de padeiro, Raimundo Nonato, 48 anos, residente em Mata de São João mudou depois que perdeu a visão aos 39 anos devido a um erro médico.
Depois de alguns tratamentos, Raimundo Nonato recuperou apenas 10% do olho esquerdo. Ele freqüenta, há 9 anos, o Centro de Educação Inclusiva ( CEI) onde aprendeu braille, se formou no ensino médio e toca teclado e violão.
Com um vídeo mostrando o funcionamento da instituição, foi aberto na tarde de sexta-feira (14/08), na Cidade do Saber Professor Raymundo Pinheiro, um curso de braille, promovido pela Secretaria de Educação (Seduc), destinado a professores, alunos, universitários e pais.
A professora Renilda Santos e Silva veio de Dias DÁvila para aumentar os conhecimentos e aprender a lidar com os alunos. É uma iniciativa importante para saber como resolver o problema, e fazer a inserção deles com outros colegas.
De acordo com a estudante Aline Carla da Silva, 17 anos, que tem baixa visão, houve uma transformação na vida e nos hábitos depois de freqüentar diariamente o CEI durante três anos. Entendi que posso ser uma pessoa normal, acessando o computador, saindo com as amigas e aumentando minha auto-estima.
Segundo a diretora da unidade, Idma Ramos, são atendidas 150 pessoas, de 3 a 60 anos, com uma boa resposta. O número duplicou porque tem uma equipe boa, com credibilidade. A maior procura é de estudantes universitários e professores, conclui.
O curso termina dia 28, com aulas de segunda à sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h, na sede do Centro de Educação Inclusiva, na rua 2 de maio, s/n, no bairro do 2 de Julho.
Os participantes terão aula de escrita braile, alfabeto, sílabas, palavras, frases, simbologia matemática, atividade da vida diária e sorobã, adaptação do ábaco para as atividades matemáticas.

Curso do Centro de Educação Inclusiva beneficia 150 alunos -