As quadrilhas juninas do Camaforró, uma tradição do São João de Camaçari, reúne antigos participantes em torno da preservação da cultura nordestina. Entre os dias 21 e 24 deste mês, 510 participantes embelezam a maior festa junina da Região Metropolitana.
O Espaço Camaçari vai contar com 17 quadrilhas da sede e orla, que se apresentam a partir das 20h em um espaço coberto tipicamente decorado, ao lado do Caramanchão. Os idosos do Conviver, que há treze anos integram a programação, também marcam presença. Este ano, a centro faz a festa com 48 pessoas.
O novo local das apresentações de dança, antes realizada no Caramanchão, alegrou todos os envolvidos, que agora dispõem de mais tempo de organização e um espaço maior para disposição dos componentes.
Nos anos anteriores ficava complicado para a gente se arrumar porque as apresentações aconteciam durante os intervalos das bandas. Agora com um local só para as apresentações ajuda na dinamização dos grupos, diz o presidente da Associação de Quadrilhas Juninas de Camaçari (Aqc), Fernando José da Silva.
O líder local também defende que os grupos de dança desempenham um importante papel na melhoria da auto-estima e integração dos participantes.
Para os dançarinos que há muitos anos já participam dos festejos juninos da cidade, a sensação ainda é de muita ansiedade. Mesmo com a prática, cada momento é uma novidade.
A quadrilha Lenha na Fogueira, por exemplo, comemora o décimo ano de Camaforró. Ainda assim, os oito meses de treinamento e dedicação não foram suficientes para garantia da tranqüilidade no Camaforró. Cada ano é uma novidade para nós, por isso sempre existe nervosismo, conta o coordenador Carlos Santos. Natural de Parafuso, Lenha na Fogueira vai homenagear a cultura da cidade através de samba-de-roda e bonecos.
Rosane dos Santos Carmo, 28, disputa os olhares do público pela primeira vez na festa. A participação na Arraiá Milho Dourado, de Pé de Areias, foi motivada pelo amor a dança. Há dois meses venho ensaiando diariamente, durante cerca de três horas. Estou ansiosa para chegar o momento das pessoas verem o resultado. Esse é o primeiro de muitos anos de apresentações, emociona-se.

Grupo do Conviver promete novas coreografias -