A economia solidária vai ser tema de debate nesta quarta-feira (17/06), às 16h, durante sessão extraordinária na Câmara de Vereadores.
Na ocasião, também serão divulgados os grupos produtivos e comerciantes que trabalham com artesanato no Município. A convocação foi feita pela presidente da Casa Legislativa, vereadora Luiza Maia.
A proposta é de que na sessão seja discutido o conceito de economia solidária e encaminhado um seminário sobre o tema. O evento deve ser realizado entre os meses de julho e agosto. Além de autoridades municipais, ainda participam dos debates representantes da Superintendência de Economia Solidária do Estado (Sesol).
Em Camaçari, as discussões sobre o assunto começaram desde 2005. Em dois anos, os pequenos produtores ganhavam o Banco do Povo, implantado pelo Instituto de Economia Solidária (IES) e o Fórum de Economia Solidária (FMESC).
O Banco do Povo, inaugurado em agosto de 2007, tem o objetivo de garantir a auto-sustentação de empreendimentos de pequeno porte, formais ou informais, através da concessão de crédito.
Os produtores se organizam em sistemas de autogestão e são responsáveis pelo empreendimento, que podem ser legalizados em forma de cooperativas e associações.
Até então, foram beneficiados 328 produtores da sede e orla, com recursos que atingem R$ 910 mil. O crédito a ser pleiteado varia de R$ 500,00 a R$ 3 mil e as taxas de juros são inferiores aos preços cobrados pelo mercado.
Além disso, outras 2.500 pessoas foram capacitadas pelo IES. O Instituto tem como meta fortalecer o pequeno empreendedor com capacitação sobre gestão administrativa, ética, cidadania e meio ambiente. Ambas as estruturas funcionam no Sistema Nacional de Emprego (Sine) do estado da Bahia, unidade Camaçari.
A organização dos grupos produtivos e os debates sobre economia solidária são sistematizados pelo Fórum, que agrega a sociedade civil e o governo. As reuniões são quinzenais.
No intuito de fomentar o programa de microcrédito do Município, a Prefeitura reuniu-se recentemente com representantes da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia). A verba pleiteada para o Banco do Povo, ainda em negociação, é de R$ 500 mil.
FEIRAS
As Feiras de Economia Solidária são realizadas como uma alternativa de geração de renda para o pequeno empreendedor. Os produtos comercializados vão desde artesanato de coco, barro e palha até roupas, bolsas, bijuterias, biscuit, panos de prato e culinária, a exemplo, de mel, bolos, beiju e sequilhos, distribuídos em barracas padronizadas.
Cerca de 200 feiras foram realizadas na sede e orla de Camaçari. O evento é promovido pelo Fórum de Economia Solidária (FMESC) em parceria com a Prefeitura e o Instituto de Economia Solidária (IES).
Os comerciantes contam também com um centro público de economia solidária em Arembepe e no Espaço Conviver. Os locais são utilizados para exposição e comercialização dos produtos.
A participação dos feirantes é rotativa. A proposta da Prefeitura é ampliar o benefício, construindo mais um centro em Guarajuba e ampliando o que existe em Arembepe.