Blitz da Seplan reprime extração ilegal de areia

Iwwa Agência
Publicado 25/09/2008 09:09:24

Quatro caçambas que realizavam extração ilegal de areia em Área de Preservação Permanente (APP) foram apreendidas na madrugada desta quinta-feira (25/09), em operação realizada pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente (Seplan) de Camaçari e a 26ª Delegacia de Polícia Civil de Vila de Abrantes, das 3h às 6h da manhã.

A areia estava sendo retirada das dunas de Jauá e de Mutirão de Abrantes, na orla do Município. As caçambas apreendidas e o pessoal envolvido foram levados à delegacia, onde foi aberto inquérito policial. A Prefeitura aplica auto de infração com multas que variam de R$ 3 mil a R$50 mil.

O proprietário do veículo só pode retirá-lo após o pagamento da multa e liberação do juiz responsável. Durante o período, a caçamba fica sob custódia da Prefeitura, no pátio da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp).

Segundo o coordenador de Fiscalização da Seplan, Davi Rios, a operação obteve êxito porque evitou a extração ilegal. No início do mês, outras três caçambas foram apreendidas em Catu de Abrantes. “No Município, Jauá é o local mais afetado pelo crime ambiental”.

Na maioria das vezes, a areia retirada ilegalmente é vendida para casas de material de construção e obras. Uma caçamba carregada custa, em média, R$ 600,00 e os carregadores, conhecidos como bicudeiros, recebem R$ 50,00 por veículo carregado. Durante a operação, um menor trabalhava como bicudeiro.

O coordenador de Investigação da 26ª DP, Luís Cunha, disse que “é muito triste ver uma área de preservação ambiental desmatada. É um absurdo o que as pessoas fazem com o meio ambiente”.

Ele informou que é feita a distribuição de cartões com os telefones da delegacia e dos agentes para que a comunidade denuncie a movimentação das caçambas. A operação contou com o apoio de seis policiais civis. Além da retirada ilegal, muitos caçambeiros descarregam entulho nas dunas.

Novas blitze voltarão a ser feitas, em datas e horários de surpresa, para reprimir a prática criminosa, dentro da política de preservação ambiental da Coordenação de Meio Ambiente da Secretaria de Planejamento.

CRIME
A retirada de areia é extremamente prejudicial ao meio ambiente, afugentando animais, destruindo a flora local, alterando a cobertura vegetal, provocando erosão e assoreamento, além de alteração da paisagem.

As APPs são protegidas por lei federal e a extração de areia das dunas é caracterizada como crime ambiental.

Camaçari tem uma das maiores jazidas de areia do Estado, a exemplo das dunas de Jauá, da Estrada da Cetrel, do loteamento Antares, de Vila de Abrantes, da Barragem Santa Helena, de Montegordo, entre outras.

Foto: Agnaldo Silva

Operação teve o apoio de policiais da 26ª DP de Abrantes -

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