Com 1,90 metro de altura e 83 quilos, o atacante Marcos Assis Santana, conhecido como Marcão, conquistou a torcida do Atlético Goianense, de Goiás.
Artilheiro da série C do Brasileirão, com 25 gols, ele supera os principais goleadores da série A, Kleber Pereira, do Santos, com 21 gols, e o da B, Túlio Maravilha, do Vila Nova (GO), com 24.
Nascido e criado em Buris de Abrantes, na orla de Camaçari, o jogador está em ótima fase e desperta interesse de times dentro e fora do país. De acordo com o empresário Dimas Menezes, o Flamengo é um dos clubes que têm interesse em contratá-lo.
O passe do jogador está fixado em 4 milhões de euros para negócios internacionais. É provável que ele vá jogar em time coreano ou japonês. No Brasil, o passe do jogador custa R$ 5 milhões.
Conhecido como um dos melhores goleadores do Campeonato Baiano de 2008, com 11 gols, pelo Ipitanga, deixou de ser conhecido como Marquinhos e adotou o apelido Marcão. O novo codinome chegou em um ótimo momento, já que ele está na luta pelo prêmio Friedenreich, com um total de 32 gols na temporada (do início do ano até agora).
Segundo Marcão, ter conquistado o título de goleador é resultado de muito esforço. Fazer gols continuará sendo minha principal meta em 2009. Os 25 tentos marcados por ele garantiram o título da Série C ao Atlético Goianiense, que sobe para a segunda divisão, também chamada de série B. O time é o primeiro clube de futebol da cidade de Goiânia, fundado em 1937.
Apesar do bom salário, o artilheiro ainda leva uma vida bastante simples. O maior benefício que o futebol pôde me oferecer foi a oportunidade de presentear meus pais com uma casa. Na habitação, modesta e reduzida, moram sete pessoas: os pais e mais quatro irmãos.
TRAJETÓRIA
Natural de Camaçari, Marcos Assis Santana, o Marcão, 23 anos, sempre foi apaixonado por futebol. Caseiro e com gostos simples, é muito voltado para a família, composta pelos pais e mais quatro irmãos.
Desde criança, Marquinhos, como é carinhosamente chamado entre amigos e familiares, já fazia ensaios como jogador, em um campo de futebol, próximo de casa, onde foi construída a praça São Bento, em Buris de Abrantes, local que mora até hoje.
Aos 16 anos, Marquinhos teve a oportunidade de participar de campeonatos de bairro em Abrantes e Areias. Foi nessa época que teve a certeza de que o futebol era o que queria para a sua vida. O Ipitanga foi o primeiro time profissional, onde ficou dois anos. De acordo com Marcão, trabalhar fazendo o que ama, é privilégio para poucos.