Quem pensa que os alunos com dificuldade de aprendizado ou com deficiência só podem estudar em escolas especiais está muito enganado. Em Camaçari, há vários alunos com problemas visuais, auditivos e dificuldades para aprender matriculados nas escolas regulares.
Jadson de Brito Amorim, 16 anos, é um deles. Estudante da escola Ilay Garcia Ellery, ele cursa a 7ª e 8ª série, através do sistema de segmento. Antes, era aluno da Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), mas queria algo diferente, mais interação.
Ali não era meu lugar, eu me sentia excluído e sempre quis saber como seria na escola regular. Hoje, Jadson está feliz no colégio e tem uma boa relação com os professores e colegas de turma. É importante que as crianças do Apae saibam que podem estudar na escola regular.
A professora de inglês, Ione Matos de Souza, trabalha diretamente com Jadson e explica que ele, assim como os demais alunos especiais, precisam de mais atenção pela dificuldade de aprendizado que possuem. O processo de raciocínio e escrita deles é mais lento, mas, tanto nós professores como eles, nos esforçamos muito.
Para Nívia Maria da Silva, professora de geografia, a participação dos pais no processo de ensino dos filhos é muito importante, principalmente no caso das crianças especiais. Seria bom que os pais conversassem conosco sobre a deficiência dos filhos, até mesmo para nos ajudar a trabalhar com eles, mas, infelizmente, muitos só nos procuram para saber se o filho vai passar ou não de ano.
A filha de Maria de Fátima da Silva, 37 anos, estudante da escola Cosme de Farias, apresentou dificuldade de aprendizado no ano passado. Logo que o problema foi identificado, os professores comunicaram e orientaram a mãe a procurar o Nuaps (Núcleo de Apoio Psicopedagógico), que funciona na Cidade do Saber. Gostei muito da iniciativa da escola, graça a eles, buscamos ajuda e a minha filha melhorou bastante na escola.

Jadson está feliz em estudar no colégio Ilay Garcia Ellery -