Buscar novas perspectivas frente ao atual cenário do Polo Industrial foi um dos principais eixos debatidos durante o Fórum “Desafios competitivos do Polo Industrial de Camaçari”, realizado pelo Comitê de Fomento Industrial de Camaçari – COFIC, em homenagem a passagem dos 40 anos de fundação do complexo. O evento aconteceu no Teatro Cidade do Saber e reuniu empresários, instituições parceiras, autoridades, governo e imprensa.
Dividido em duas rodadas de explanação, o Fórum discutiu, no primeiro momento, temas voltados à infraestrutura e logística, além de transformação e empregabilidade. “Nos últimos 10 anos, todo o sistema viário se reestruturou, atraindo mais investimentos, dando a Camaçari toda a pujança que não havia antes”, ressaltou o superintendente de Atração e Desenvolvimento de Negócios da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Paulo Guimarães.
Em seguida, o vice-prefeito de Camaçari, José Tude, que representou na ocasião o prefeito Elinaldo, destacou o progresso do município após a construção do Polo. “O complexo pode ser representado numa primeira fase, quando trouxe para o Nordeste um novo momento de desenvolvimento, com a vinda de pessoas dos mais diversos cantos do país. Numa segunda onda, quando eu estava como gestor de Camaçari e viabilizei a chegada da Ford, como transformadora do Polo Petroquímico para se tornar um complexo industrial multisetorial. E agora nesta terceira onda, com a implantação do Senai/Cimatec, como indutoras de capacitação e crescimento”, resumiu Tude.
No segundo momento do evento, foram apresentados outros temas relativos aos desafios para a competitividade e crescimento sustentável no cenário econômico brasileiro. “Durante esses 40 anos, o Polo sempre esteve atento às transformações, tanto no campo ambiental, quanto social e econômico”, revelou o superintendente do Cofic, Mauro Pereira, que continuou: “houve uma mudança profunda de Camaçari e Dias d´Ávila com a consolidação do Polo, de indústria química para petroquímica, o que foi fundamental para o crescimento do complexo, que hoje exporta 12 milhões de toneladas de produtos para todo o mundo”.
Para o gerente executivo de Políticas Econômicas da Confederação Nacional da Indústria – CNI, Flávio Castelo Branco, o Polo Industrial está em processo de desindustrialização e precisa se reconfigurar. “Já tivemos uma participação maior na indústria mundial e hoje nossos competidores, como a China, estão despontando com tal celeridade que precisamos buscar novos formatos para garantir e evoluir economicamente”, pontuou Flávio.
Otimista com o atual cenário de novos empreendimentos e negócios vindo para Camaçari, o secretário do Desenvolvimento Econômico e Turismo do município, Waldy Freitas, revelou a crescente procura de investidores no setor industrial e turístico. “Temos o maior complexo petroquímico da América Latina e a maior costa marítima do Estado, tornando Camaçari uma potência para o empresariado que busca ampliação de mercado, bem como a população com capacitação e oportunidade de emprego. Com isso, o governo tem firmado parcerias de qualificação como o Sebrae e Iel, e buscado otimizar a liberação de alvarás para os microempreendedores”, pronunciou Waldy, que ainda acrescentou: “o potencial turístico de Camaçari é tão grande que estamos concorrendo ao selo internacional Bandeira Azul, que classifica as melhores praias do mundo”.